top of page

TED Talk: Desporto

  • blogpsicologiacdll
  • 8 de fev. de 2024
  • 3 min de leitura

Olá caros passageiros!

A viagem marcada para hoje é, de certa forma, fora da caixa. Desta maneira, vamos levar-vos a conhecerem a importância da Psicologia no Desporto de Alta Competição.


 Efetivamente, como todos sabemos, o desporto faz bem à saúde, apresentando inúmeros benefícios. A verdade é que a prática desportiva promove a libertação de endorfinas, a hormona responsável pela sensação de bem-estar e satisfação.


 Assim, não é de admirar que o desporto tenha tido desde os primórdios da humanidade um papel relevante, tal como demonstrado pelo lema grego “mens sana in corpore sano”. Este lema refere-se, contudo, essencialmente, ao desporto que é praticado como atividade lúdica do nosso quotidiano. Porém, hoje, iremos falar sobre o desporto de alta competição.

 

As duas grandes dimensões

Para ajudar os nossos fiéis passageiros a compreenderem a essência deste tipo de atividade desportiva, decidimos distinguir as duas dimensões inerentes a esta prática desportiva.


Por um lado, existe a dimensão subjetiva que é centrada no próprio atleta e que pode ser caracterizada por afirmações ditas na cabeça do mesmo como forma de pensamentos. Alguns exemplos são: “não posso faltar a treinos”, “não posso faltar a provas”, “tenho de ganhar as provas”, “tenho de me alimentar bem”, “não me posso lesionar”. Assim, uma frase inglesa que resume esta dimensão é “too much is not enough”.


Por outro lado, a dimensão intersubjetiva remete para as interações entre o atleta e as pessoas que o rodeiam. É assim, marcada pelas afirmações: “não posso ir a festas porque tenho prova no dia seguinte”, “não posso ira saídas à noite porque tenho prova”, “não posso ir a lanches porque tenho treino” e por aí em diante. Ou seja, no fundo, o que atleta pensa é “sou atleta de alta competição não posso ter a vida dos outros”.



ree

 

Eventuais consequências

Ora bem, estas 2 dimensões da vida de um atleta de alta competição, conduzem, por vezes, à exaustão psicológica dado o elevado nível de empenho que exigem. Podem, assim, levar a um excesso de pressão psicológica e pressão mental e, consequentemente a graves efeitos na vida do atleta. E é aqui que a Psicologia entra, para colmatar estas dificuldades, ajudando os atletas a ultrapassarem estes obstáculos.

 

Alguns exemplos 

ree

Como todos sabemos, os atletas de alta competição não são feitos de aço, pelo que, por vezes, se vão abaixo. Um exemplo categórico disto mesmo, é a famosa ginasta norte-americana Simon Biles. Naturalmente, o mundo do desporto ficou incrédulo quando esta ginasta anunciou, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que iria deixar a equipa americana de ginástica, não por uma lesão - motivo típico para abandono de uma seleção -mas pelo que ninguém esperava ouvir vindo de uma atleta deste nível - o cansaço psicológico. "Tenho que me concentrar na minha saúde mental", disse Simone Biles aquando da sua desistência da final de ginástica feminina por equipas. Não esqueçamos que a atleta foi quatro vezes medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos. (se quiserem saber mais sobre esta ginasta temos um post no qual ela é referida)



 

Da mesma maneira o nadador Michael Phelps, medalhista de ouro olímpico, constitui um outro exemplo. Phelps partilhou recentemente, como a terapia o ensinou a aceitar a sua depressão e ansiedade, colocando-o no caminho certo para melhorar a sua saúde mental.

A verdade é que após várias sessões de terapia, ambos regressaram mais fortes do que nunca tendo posteriormente conquistado novos títulos. 


ree

 

Um exemplo desconhecido

ree

Vamos agora dar-vos um exemplo de um português para não ficarem com a ideia de que isto apenas acontece noutros mundos. O nome Fernando Mamede é de certeza estranho para a maior parte dos nossos viajantes. Mas a verdade é que este atleta do Sporting era a grande esperança portuguesa para ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984. Contudo, na prova dos dez mil metros, a sua especialidade, Mamede abandonou a pista por não conseguir continuar a correr. E porquê? Perguntam vocês: porque a cabeça se revelou sua inimiga.

 







Avanços importantes

Desde então, a necessidade de preparação psicológica dos atletas de alta competição entrou na ordem do dia, sendo cada vez mais natural a integração de psicólogos na equipa técnica de diversos desportos.

Realmente é hoje compreendido que um atleta bem preparado física e psicologicamente pode atingir uma muito melhor performance do que um atleta cuja preparação se prende exclusivamente com a vertente puramente física e técnica da sua modalidade desportiva.

Em suma para que o lema popular - o desporto faz bem à saúde - também seja verdadeiro no campo da alta competição, revela-se fundamental o acompanhamento psicológico dos atletas que disputam competições a este nível.

 

Esperemos que tenham gostado, caros passageiros.

Até à próxima!

A vossa agência de viagens preferida, MindJet.




Webgrafia:


 
 
 

Comentários


bottom of page